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EUA concentram 85% das contratações de devs brasileiros — salários chegam a R$ 586 mil/ano
8 de out. de 2025
Se trabalha com código, segura essa: os Estados Unidos seguem sendo o destino número 1 para devs do Brasil — e com salários de até US$ 110 mil/ano (cerca de R$ 586 mil na cotação atual) 💼💸.
Segundo a TechFX, plataforma de câmbio para quem recebe do exterior, os EUA concentram 85% das contratações de desenvolvedores brasileiros. Entre 1.428 devs brasileiros atuando fora, 1.220 trabalham para empresas americanas.
Na sequência, aparecem Canadá e Austrália (1,85% cada), Reino Unido (1,85%), Argentina (1,55%), Portugal (1,16%), México (1%) e Alemanha (0,62%).
O motivo? Como resume Eduardo Garay, CEO da TechFX, o profissional brasileiro alia técnica, criatividade e adaptabilidade — combo raro lá fora. E, para PJ, não é raro ver propostas até 4x maiores do que no Brasil 🚀.
Contexto do mercado: o mundo já soma 19,6 milhões de programadores. O Brasil ocupa o 5º lugar em número de profissionais, com cerca de 630 mil devs — mas ainda tem um déficit de 500 mil talentos em TI. Entre 2020 e 2023, contratações de brasileiros por empresas estrangeiras saltaram 491%. E a vontade de sair é real: 73% dos devs querem trabalhar no exterior; a procura global por brasileiros cresce ~40% ao ano 📈.
Panorama internacional: a China lidera em volume (3,88 milhões de devs, mercado de US$ 2 tri), mas mantém barreiras a estrangeiros. Os EUA, com 2,91 milhões de devs, contratam cerca de 200 mil profissionais de TI por ano, e o salário médio anual fica em US$ 110.140. A Alemanha tem 832 mil devs (média de US$ 52.275/ano), o Canadá reúne 632 mil e cerca de 80 mil vagas abertas, e o Reino Unido contabiliza 500 mil profissionais.
Quem é a TechFX? Fintech gaúcha (fundada em 2022) focada em PJs que prestam serviços ao exterior. Já acumula 5 mil clientes, mais de R$ 1,8 bilhão em transações e economias de R$ 8 milhões em taxas para usuários — um empurrãozinho e tanto na vida de quem cobra e recebe em dólar 💵.
O que muda para você? Se busca trabalho remoto com salário em dólar, o epicentro está nos EUA. Dá para começar sem sair do Brasil (PJ/contrato internacional). Já para morar fora, prepare-se para processos de visto (ex.: H‑1B, L‑1, O‑1 ou EB‑2 NIW nos EUA; Global Talent/programas de imigração no Canadá e Europa). E atenção: salário anunciado é bruto e varia por senioridade, stack e cidade.
O que fazer agora (passo a passo) ✅
• Atualize o LinkedIn em inglês (título claro, resultados, palavras‑chave). Inclua portfólio, GitHub e cases.
• Fortaleça o GitHub: projetos reais, README caprichado, testes e CI/CD. Mostre impacto.
• Aplique onde conta: LinkedIn Jobs, Hired, Wellfound, Remote OK, Gergely’s job boards e sites das Big Techs/scale-ups dos EUA.
• Prepare o lado PJ: contrato em moeda forte, cláusulas de IP/NDAs, fuso/SLAs e compliance fiscal (carnê‑leão/IRPF no Brasil; orientação contábil se houver vínculo nos EUA).
• Organize o recebimento: simule câmbio e tarifas; avalie plataformas especializadas para reduzir custos e ganhar previsibilidade.
• Planeje o visto (se for mudar): estude H‑1B/L‑1/O‑1/EB‑2 NIW (EUA), Global Talent/Express Entry (Canadá), EU Blue Card (Europa). Procure consultoria especializada.
• Afie o inglês: entrevistas técnicas, system design e comunicação assíncrona contam — e muito.
Com foco e estratégia, dá para transformar linha de código em salário global — e, quem sabe, no seu próximo endereço também 😉✨.