Alerta para quem sonha com a temporada de estudos nos EUA: em agosto de 2025, as chegadas de estudantes internacionais caíram 19% — o maior tombo desde a pandemia. Entre brasileiros, a queda foi de 6,8%, com 8.082 entradas, ante 8.676 em agosto de 2024. 📉🎓

Agosto é o termômetro do semestre de outono (Hemisfério Norte): é quando a maioria chega, até 30 dias antes do início das aulas. O dado inclui tanto novos estudantes quanto quem retorna ao país, então serve como sinal antecipado da tendência de matrículas.

De onde veio a queda? Especialistas apontam um combo de fatores: atrasos em vistos (as entrevistas F-1 ficaram suspensas por 3 semanas no fim de maio e os consulados tiveram filas de meses), restrições e proibições para cidadãos de 19 países a partir de junho, e maior rigor nas checagens (ex.: tornar perfis de redes sociais públicos). Houve ainda cancelamentos e restabelecimentos de vistos e ações duras contra estudantes por ativismo pró-palestino, elevando a incerteza. ⚠️

Panorama por região 🌍

• Ásia: -24% nas chegadas em agosto. A Índia, que representa quase 1/3 dos estudantes internacionais, despencou 44%, puxada por atrasos prolongados no processamento. A China segue em queda, em meio a tensões bilaterais.

• Europa: números estáveis no geral, com leve alta do Reino Unido e quedas menores de Espanha e Alemanha. A maior queda veio da Rússia.

• África: chegadas caíram em quase 1/3. Gana e Nigéria encolheram quase pela metade após regras de julho que limitaram vistos (uma entrada e validade de 3 meses). Em setembro, os EUA reverteram as restrições para Gana.

• Oriente Médio: declínio de uma década, puxado pela Arábia Saudita. Países sob proibição tiveram pico de matrículas ~70% menor em 2025. O Irã registrou queda de 86% nas chegadas de agosto.

E o Brasil no filme? Depois do auge em 2019 (10.566), veio a pandemia (2020: 797) e a retomada gradual (2021: 7.888; 2024: 8.676). Em agosto de 2025, os 8.082 brasileiros representam um recuo que acende alerta, mas não interrompe a tendência de recuperação de médio prazo. 🇧🇷

Impacto nas faculdades 🏫

Quem mais sente? 1) Pós-graduação em STEM (muitos programas têm maioria internacional e dependem de assistentes e pesquisadores); 2) escolas de artes/conservatórios e faculdades cristãs (maior risco financeiro); 3) universidades estaduais emblemáticas (perdem receita com mensalidades altas de internacionais). Exemplos: OSU reportou -38% nos novos internacionais; Indiana, -30%. Projeções falam em queda de 30% a 40% nas novas matrículas neste outono e impacto de US$ 7 bilhões na economia.

Para trabalho pós-estudos, pesa a nova taxa de US$ 100 mil no H-1B (visto de trabalho qualificado), o que tende a reduzir fluxos em áreas como STEM. 💼

O que muda para você? Se o plano é estudar nos EUA, é hora de blindar o cronograma e reduzir riscos de atraso.

O que fazer agora ✅

• Antecipe tudo: preencha o DS-160 com atenção, pague a SEVIS I-901 e agende entrevista o quanto antes. Monitore diariamente novos slots no consulado. ⏱️

• Documentos redondos: carta I-20, comprovantes financeiros, histórico acadêmico, vínculos no Brasil e plano de estudos claros. Evite inconsistências entre DS-160 e I-20. 📑

• Redes sociais: se for exigido perfil público, revise conteúdos e mantenha a coerência com o propósito acadêmico. 🔍

• Plano B: avalie intakes alternativos (janeiro/primavera), deferral, ou destinos como Canadá, Reino Unido, Austrália e Europa. 🌐

• Já matriculado(a)? Converse com o DSO antes de viajar ao exterior; algumas escolas recomendam não sair dos EUA para evitar dificuldades no retorno. ✈️

• Acompanhe regras: fique de olho em eventuais proibições e mudanças por país; verifique comunicados do Departamento de Estado e da sua universidade. 🧭

• Carreira: planeje OPT/CPT cedo e avalie impacto de custos no H-1B. Consulte o time de carreira da universidade. 💬

Salve esta matéria, compartilhe com quem está no processo e siga ajustando o plano. Informação e timing fazem toda a diferença. 💪📚