Respira e vem comigo 😓: dois anos depois de criada, a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) ainda não engrenou — e quem sente no dia a dia é a comunidade brasileira em Portugal.

Segundo o Portal da Queixa, as reclamações contra a AIMA subiram 18% em um ano. Só nos primeiros sete meses de 2025 foram cerca de 1,5 mil queixas, com brasileiros liderando as reclamações. A agência, que substituiu o SEF, diz ter herdado 400 mil processos e prometeu zerar a fila até junho de 2025, mas o prazo foi adiado para o fim de 2025 ⏳.

Enquanto isso, cenas que não combinam com a era digital seguem acontecendo: madrugadas em fila por uma senha, dificuldade de agendamento e silêncio em respostas por e-mail 📩.

Na pele: Nanci Araújo, casada com cidadão português, tenta há 5 meses o reagrupamento familiar previsto em lei. E-mails sem retorno, processo parado e uma vida suspensa: sem poder trabalhar, sem conta bancária e sem trocar a CNH. “Estou de mãos atadas”, relata.

O carioca Guilherme Mayerhofer esperou três anos pela autorização de residência. Nesse período, perdeu oportunidades de trabalho e até recebeu ameaças da polícia. Só depois da autorização conseguiu avançar com o cartão de cidadão associado ao Estatuto de Igualdade.

Há casos ainda mais longos. O gestor Márcio Abelha relata quatro anos até a residência: “Você não consegue saber se o seu documento foi emitido, enviado... É uma bagunça!”

Em grupos de WhatsApp, o coro se repete: agendamento indisponível para vistos emitidos no Brasil e formulários fora do ar no site. Já o presidente da associação Solidariedade Imigrante, Timóteo Macedo, fez críticas duras à operação da agência. A AIMA não respondeu aos pedidos de posicionamento feitos pela imprensa 🕳️.

O que muda para você? Se está em processo de residência, reagrupamento ou troca de documentos, o cenário ainda é de espera prolongada e comunicação falha. É hora de se proteger com provas, apoio jurídico e estratégia para não perder oportunidades de trabalho e direitos básicos.

O que fazer agora? ✅

• Documente tudo 🗂️: guarde protocolos, e-mails enviados (e prints), comprovantes de tentativas de agendamento e qualquer resposta automática. Isso ajuda em pedidos de urgência e reclamações.

• Cheque seu e-mail e spam 🔔: convites/avisos de agendamento podem cair no lixo eletrônico. Mantenha telefone e e-mail atualizados nos cadastros.

• Peça prioridade (quando couber) ⚡: se houver emprego perdido, crianças, tratamento de saúde ou risco social, protocole pedido de urgência com provas.

• Reclame formalmente 🧾: use o Livro de Reclamações eletrónico e o Portal da Queixa. Se ficar sem resposta, acione o Provedor de Justiça.

• Busque apoio de associações 🤝: entidades como Casa do Brasil e Solidariedade Imigrante orientam e, muitas vezes, conseguem destravar contato com a AIMA.

• Tente outros locais 🗺️: verifique vagas em cidades menos concorridas e em diferentes balcões. Às vezes, o interior anda mais rápido que capitais.

• Deixe a pasta pronta 📑: certidões atualizadas e apostiladas, comprovante de morada, meios de subsistência, seguro/ato médico, antecedentes (quando exigidos) e fotos. Para reagrupamento UE, inclua prova do vínculo familiar.

• Evite atravessadores 🚫: se precisar, procure advogado ou solicitador registrado. Desconfie de promessas de “fura-fila”.

• Se ainda está no Brasil 🌎: traga documentos apostilados, organize traduções com antecedência e mantenha cópias digitais. Ao chegar, registre-se nos serviços locais o quanto antes.

Resumo do caminho 🧭: o sistema segue lento, mas com organização, registros e apoio certo dá para reduzir danos e manter direitos em dia até o seu título sair.