🚨Grupos de WhatsApp de brasileiros em Massachusetts estão lotados de alertas sobre movimentações do ICE (o serviço de imigração dos EUA). Desde 6 de setembro, quando o governo Trump iniciou a Operação Patriot 2.0 no Estado, a rotina virou tensão — e tem gente que chegou a colocar drone no ar para ver se há agentes nas saídas de condomínios. 🛰️

📍 Por que em Massachusetts? O Estado tem uma das maiores comunidades brasileiras do país. Oficialmente, são cerca de 150 mil pessoas, podendo chegar a 300 mil com quem não tem registro, segundo o Instituto Diáspora Brasil. A ofensiva ocorre após críticas do governo federal à prefeita de Boston, Michelle Wu (cidade-santuário), e é apontada como a terceira onda de operações no ano (depois de março e maio).

🗣️ O tom oficial subiu. Em nota, o Departamento de Segurança Interna afirmou: “Se você vier ao nosso país ilegalmente e violar nossas leis, vamos caçar, prender, deportar, e você nunca mais voltará.”

📲 Nos grupos, o dia começa cedo: por volta das 5h, pipocam mensagens com fotos de carros suspeitos, placas e relatos de blitzes em cidades da Grande Boston, como Framingham e Milford. Há ajuda real circulando — e também desinformação. Voluntários e redes comunitárias vêm tentando checar o que é fato e o que é boato.

🛰️ E o drone? Moradores de um condomínio ao noroeste de Boston usaram imagens aéreas para verificar se havia veículos parados nas saídas. Pelas regras dos EUA, drones abaixo de 250g para uso recreativo não precisam de registro, mas há limites como altitude máxima de 120m — a reportagem não confirmou se as regras foram seguidas. Atenção: usar drone exige responsabilidade e pode ter restrições locais. 🛑

⚖️ Como está o cenário? Segundo o governo, desde o retorno de Trump à Casa Branca, mais de 400 mil pessoas foram deportadas (inclui detidos dentro do país e barrados na fronteira). Há cerca de 60 mil imigrantes em detenção, e a meta divulgada é 3 mil prisões por dia. A travessia ilegal pela fronteira com o México teria caído 92% em relação ao ano anterior. Quase 2 mil deportados já desembarcaram no Brasil em voos desde fevereiro.

🧭 Direitos e receios: sem mandado judicial assinado por juiz, agentes do ICE não podem entrar em residências. Em geral, usam mandados administrativos para prisões em locais públicos. Segundo a reportagem, uma decisão de 8 de setembro da Suprema Corte teria permitido abordagens baseadas em raça ou idioma, o que ampliou a sensação de “carta branca” para detenções — a medida é alvo de fortes críticas de entidades civis.

🤝 Como a comunidade reage: redes como a LUCE organizam voluntários para verificar denúncias, documentar abordagens, acompanhar pessoas a advogados e apoiar famílias que perderam renda. Há também linhas de apoio para quem não fala inglês ou teme procurar autoridades.

💬 Entre mensagens de apoio e pânico, circulam “dicas” controversas (como tentar “se americanizar”). Respira: foque no que é seguro, legal e comprovado. O que vale é informação checada e plano de emergência bem feito.

O que muda para você? O ambiente de fiscalização está mais intenso em Massachusetts, e operações podem seguir por semanas. A palavra de ordem é preparo — sem pânico e sem se expor a risco desnecessário.

O que fazer agora (passo a passo) 📌

• Monte um plano familiar: defina contatos de emergência, quem busca/cria filhos em caso de imprevisto e onde guardar documentos importantes.

• Conheça seus direitos: você pode permanecer em silêncio, pedir intérprete e não assinar nada sem falar com um advogado. Sem mandado judicial assinado, não abra a porta; peça que mostrem o documento por baixo da porta ou pela janela.

• Organize seus documentos: guarde cópias (digitais e impressas) de passaporte, comprovantes de residência, recibos e contatos de advogado/consulado.

• Cheque informações antes de compartilhar: confirme com organizações confiáveis (redes comunitárias, clínicas legais, igrejas). Evite espalhar placas e endereços sem verificação.

• Transporte e trabalho: evite infrações de trânsito, mantenha luzes e documentos em dia e combine com o empregador um plano para faltas emergenciais. Tenha um fundo de emergência.

• Se ouvir sobre drones: não copie práticas sem entender as regras locais. Uso inadequado pode gerar multa e problema legal. Priorize segurança e legalidade.

• Busque apoio jurídico confiável: liste clínicas legais/grupos comunitários de sua região e salve o contato do Consulado do Brasil em Boston.

• Documente com segurança: se presenciar abordagem, filme à distância segura, sem interferir. Isso pode proteger direitos.

🛡️ Dica final: informação salva tempo e evita riscos. Salve este guia, compartilhe com alguém de confiança e deixe seus contatos de emergência prontos hoje.

Este conteúdo é informativo e não substitui aconselhamento jurídico.