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EUA sobem taxa do visto H-1B para US$ 100 mil; Canadá vira plano B na corrida por talentos?
29 de set. de 2025
🚨 Mudança pesada no front dos vistos de trabalho: os EUA aumentaram a taxa do H-1B para US$ 100 mil. A cobrança, que entrou em vigor em 21 de setembro, é uma taxa única por nova petição e pode virar o tabuleiro da disputa global por talentos. Antes, empresas desembolsavam algo entre US$ 2 mil e US$ 5 mil por pedido. 💸
🇺🇸 Na prática, isso encarece (e muito) a contratação de profissionais estrangeiros altamente qualificados. Especialistas ouvidos pela imprensa apontam que a medida pode afastar talentos dos EUA e abrir espaço para outros destinos — especialmente o 🇨🇦 Canadá — colocarem o pé na porta.
🎯 A professora Anna Triandafyllidou, referência em migração e integração em Toronto, chamou a mudança de “disruptiva”: pode favorecer o Canadá, mas também bagunça a vida de profissionais e empresas. Ela questiona a lógica da decisão, lembrando que muitos formados em grandes universidades dos EUA não são cidadãos americanos. E vê a medida dentro de uma tendência mais ampla de endurecimento migratório.
🗣️ Em evento no Council on Foreign Relations, em Nova York (22/9), Mark Carney destacou a força canadense em pesquisa e IA e sugeriu que mudanças nos EUA podem ajudar o Canadá a reter parte desses talentos.
⚖️ Mas não é hora de comemorar antes da hora: o Canadá também vive suas contradições. O discurso de atrair “os melhores e mais brilhantes” convive com pressões para reduzir volumes de imigração por questões de moradia, infraestrutura e estudantes internacionais. Há quem defenda ampliar a definição de talento para além dos PhDs — incluindo profissionais de nível intermediário em áreas como saúde e cuidado.
📉 Outra voz crítica, a professora Lori Wilkinson, lembra que o argumento de que “vai sobrar mais vaga para americanos” ignora o básico: o H-1B existe porque faltam pessoas qualificadas para certas funções. E alerta que o Canadá talvez não esteja pronto para aproveitar o momento se não melhorar seus caminhos de entrada nos próximos meses.
🔎 O que muda para você?
• Se depende de um H-1B, a conta ficou muito mais pesada e vai exigir maior compromisso do empregador ao patrocinar a sua vaga.
• O Canadá pode ganhar tração como alternativa, mas há regras, prazos e limites — e o tema imigração por lá também está sob pressão.
🧭 O que fazer agora (passo a passo):
✅ Converse com seu empregador sobre o novo custo do H-1B e avalie o orçamento do projeto de contratação.
✅ Mapeie alternativas nos EUA: L-1 (transferência interna), O-1 (habilidade extraordinária), F-1 + OPT (estudo e trabalho temporário), conforme seu perfil.
✅ Olhe o 🇨🇦 Canadá como plano B ou A: pesquise Express Entry (Federal Skilled Worker/CEC), PNP (programas provinciais) e a via do empregador pelo Global Talent Stream.
✅ Reforce o seu perfil: inglês/francês, portfólio, publicações, certificações e recomendações. Isso abre portas em qualquer país.
✅ Acompanhe canais oficiais: USCIS (EUA) e IRCC (Canadá) para regras atualizadas, prazos e taxas.
✅ Planeje financeiramente: simule custos de visto, mudança e primeiros meses no exterior. 💵
💡 Insight prático acionável: monte dois planos paralelos (EUA e Canadá) com cronogramas, documentos e vagas-alvo. Assim, você não fica refém de uma única política migratória e acelera onde a porta abrir primeiro. 🚀