🚨 Em foco: A ALMG levou a Comissão do Trabalho a Governador Valadares (19/9) para ouvir relatos de brasileiros, em sua maioria mineiros, deportados dos Estados Unidos. As falas apontam humilhações, violações de direitos e famílias separadas em meio ao endurecimento da política migratória sob o governo Donald Trump 🇺🇸.

O que foi relatado 😔

• Willian Pereira dos Santos disse ter passado 61 dias detido, perdeu o nascimento do filho, enfrentou alimentação precária, água racionada e ainda arcou com custos durante a detenção. “Gastei mais de US$ 500 em ligações para a família”.

• Josefa Bezerra contou que o filho ficou quase 6 meses em centro de detenção e passou mais de 3 meses sem notícias após transferência do ICE; agora, está prestes a ser deportado.

• A ativista Heloísa Maria Galvão (Grupo Mulher Brasileira) relatou perseguições, desaparecimentos e prisões com crianças presentes. Segundo ela, há gente dormindo no chão em escritórios de imigração, sem higiene adequada e com medicações administradas à força. “As pessoas têm medo de ir ao mercado, ao médico, de levar filhos à escola”.

Números e contexto oficial 📊

De acordo com Bruno de Abreu (Itamaraty), as deportações de brasileiros tiveram alta de 19% ante o ano anterior, com mais de 60% dos deportados vindos de Minas. Ele informou que pouco mais de 400 brasileiros seguem detidos hoje e alertou: “Não vá de forma irregular. Migre de forma regular e segura.”

Por que Valadares vive isso? 🧭

A pesquisadora Sueli Siqueira lembrou a tradição migratória local: desde a 2ª Guerra, com presença norte-americana, intercâmbios e migração legal nos anos 60; nos 80, a crise no Brasil ampliou saídas. Após 11 de setembro, cresceu a criminalização da imigração e, com a primeira eleição de Trump, políticas de tolerância zero e separação de famílias ganharam força.

Medidas em debate 🏛️

• O dep. Betão (PT) cobrou respostas e apresentou requerimento à Sedese-MG para garantir acolhimento com privacidade a repatriados que chegam por Confins ✈️.

• O dep. federal Leonardo Monteiro (PT-MG) propôs o Programa Reintegra Brasil, política nacional de acolhimento e reintegração a deportados.

• Pesquisadoras defenderam apoio psicológico, jurídico e profissional, linhas de crédito, capacitação e centros de referência em migração com parcerias entre governo, ONGs e universidades.

• Em 27/9, acontece na Cidade do México a Conferência Continental em Defesa dos Migrantes, reunindo parlamentares e movimentos do Caribe e América Latina.

O que muda para você? ⚠️

Se estiver nos EUA em situação irregular, os relatos mostram aumento do risco de detenção e deportação, além de dificuldades de acesso a serviços básicos. Para quem pensa em migrar, a orientação oficial é buscar vias regulares.

O que fazer agora 📌

• Se está nos EUA: mantenha cópias (digitais e impressas) de documentos; memorize contatos de emergência; procure assistência consular e ONGs brasileiras locais (ex.: Grupo Mulher Brasileira) para apoio imediato. Isso não substitui aconselhamento jurídico.

• Se planeja migrar: informe-se sobre vistos e requisitos no Portal Consular (busque por “Assistência Consular Itamaraty” e “e-Consular”) e evite travesias irregulares e “facilitadores”.

• Se retornou a MG: busque a Sedese e a rede municipal para acolhimento, CRAS/CREAS para apoio psicossocial e a Defensoria Pública da União para orientação jurídica.

• Comunidade: acompanhe o PL Reintegra Brasil e iniciativas locais de acolhimento; se puder, apoie redes de solidariedade que oferecem comida, abrigo e orientação 🤝.

Resumo direto 🧾: Audiência da ALMG ouviu denúncias de humilhação e violações na deportação de mineiros dos EUA. O Itamaraty atua para reduzir tempo de detenção e reforça: migração regular e segura. Em Minas, avança a pauta por acolhimento e reintegração.