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Mineiros deportados dos EUA relatam humilhação; ALMG cobra acolhimento e medidas de reintegração

22 de set. de 2025

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Doído de ouvir e urgente de agir. Em Governador Valadares (MG), uma audiência da Comissão do Trabalho da ALMG reuniu, nesta sexta (19/9), relatos fortes de brasileiros deportados dos EUA: humilhações, desaparecimentos, famílias separadas e gente deixando para trás bens, amigos e projetos de vida 😔.

Solicitada pelo deputado Betão (PT), a reunião discutiu os impactos da nova política anti-imigração do governo Donald Trump e as condições de repatriação. Um casal de mineiros, Cristiane de Souza Campos e Wilian Pereira dos Santos, está entre os quase 2 mil brasileiros obrigados a voltar só neste ano. Wilian passou 61 dias preso, perdeu o nascimento do filho e relatou comida de má qualidade, água racionada (duas garrafas por dia) e custos na prisão: “gastei mais de US$ 500 em ligações”.

Outra mineira, Josefa Bezerra da Silva, contou que o filho ficou quase seis meses detido e, após transferência pelo ICE (agência de imigração dos EUA), ela passou mais de três meses sem notícias. Agora, ele está prestes a ser deportado.

A ativista Heloísa Maria Galvão, do Grupo Mulher Brasileira, foi contundente: “Estamos sendo caçados”. Ela relatou caso de um brasileiro cujo filho foi assassinado em julho: mesmo orientado a não deixar os EUA por causa da investigação, o pai desapareceu. Em outro episódio, um brasileiro foi preso na frente do filho pequeno, que ficou sozinho no carro. Segundo Heloísa, por falta de espaço, pessoas têm sido mantidas em escritórios do ICE, dormindo no chão, sem banho, sem escovar os dentes e com medicamentos controlados sendo administrados à força 🚨.

Não são estatísticas, são sonhos destruídos”, resumiu o deputado Betão.

Pelo Itamaraty, Bruno Pereira Albuquerque de Abreu afirmou que o governo brasileiro atua para reduzir o tempo de detenção, embora não possa mudar a lei americana. Ele destacou que, com a retórica anti-imigração mais forte desde Trump, houve um aumento de 19% nas deportações em relação ao ano passado, com mais de 60% dos deportados sendo de Minas Gerais. Desde 2010, cresceu o número de brasileiros tentando a fronteira pelo México e, em 2021, a marca chegou a 100 mil. Hoje, pouco mais de 400 brasileiros estão detidos por situação migratória. O alerta dele foi direto: “Não vá de forma irregular. Migre de forma regular e segura. Se não conseguir, retorne.” 🛂

Para entender por que Governador Valadares virou símbolo da migração mineira, a pesquisadora Sueli Siqueira (Univale) trouxe o contexto: durante a Segunda Guerra, uma jazida local atraiu americanos, como a família Simpson, que fundou o Rotary e uma tradicional escola de inglês. Em 1964, 17 estudantes valadarenses partiram com visto de trabalho. Nos anos 1980, a crise no Brasil impulsionou novas saídas e até serviços ilegais (falsificação de passaportes e travessias). Depois do 11 de Setembro, vieram a criminalização mais dura e, com a eleição de Trump, a tolerância zero, separação de famílias e xenofobia amplificada.

O que está sendo proposto ✍️: o diretor-geral do IFMG-GV, Tonimar Domiciano Arrighi Senra, defendeu políticas de valorização profissional e educação para segurar talentos no Brasil. A vereadora Sandra Maria Perpétuo lembrou a dívida social com quem migrou por falta de oportunidade e participará, em 27/9, da Conferência Continental em Defesa dos Migrantes, no México. Já a professora Margarida Aparecida de Oliveira (UFJF) sugeriu um pacote: acolhimento psicológico, jurídico e profissional, capacitação, linhas de crédito e emprego, e centros de referência em migração, com parcerias entre governo, ONGs e universidades.

No Congresso, o deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG) propôs o Programa Reintegra Brasil, uma política nacional de acolhimento e reintegração para deportados e repatriados. E, ao final da audiência, Betão apresentou requerimento à Sedese para garantir acolhimento digno em Confins, com privacidade aos repatriados ✈️.

O que muda para você? A fiscalização nos EUA está mais dura e os relatos mostram risco real de violações. Em Minas, há movimento para organizar acolhimento e reintegração — importante para quem volta e para famílias que ficaram.

O que fazer agora

Se está nos EUA: tenha os contatos do Consulado do Brasil da sua região; caso detido(a), peça para avisar o consulado. Guarde cópias digitais de documentos (passaporte, RG, certidões). Busque assistência jurídica qualificada e não assine documentos sem entender. Procure redes de apoio como o Grupo Mulher Brasileira e organizações comunitárias locais 🤝.

Se tem familiar detido: reúna infos essenciais (nome completo, data de nascimento, local e data da detenção, número de processo se houver) e acione o Itamaraty pelo Portal Consular (gov.br/itamaraty) e o consulado da jurisdição. Busque núcleos de migração em universidades e Defensorias para orientação.

Se pensa em migrar: evite rotas irregulares. Pesquise vistos, exigências e prazos. Planeje finanças e obtenha informações em fontes oficiais 🧭.

Se voltou deportado(a): em Minas, acompanhe os canais da Sedese e da prefeitura para acolhimento. Procure CRAS/CREAS para apoio psicossocial; informe-se sobre qualificação, vagas de emprego e microcrédito. Fique de olho na tramitação do Reintegra Brasil para acessar futuros benefícios.

Fica o combinado: informação salva planos e protege vidas. Se este conteúdo pode ajudar alguém, compartilhe 💛.

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