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Viver em Portugal: entenda os desafios (e caminhos) para acessar saúde sexual e reprodutiva
18 de set. de 2025
Mais da metade das organizações da sociedade civil em Portugal diz que faltam políticas públicas eficazes na área de Saúde Sexual e Reprodutiva. O alerta vem do projeto “Lugar e Voz: Agência e Combate às Invisibilidades e Exclusão”, da P&D Factor, que ouviu 27 entidades. 🤝
O retrato é direto: 55,6% apontam ausência de políticas efetivas. O estudo pede mais literacia em saúde, diversidade e qualificação técnica para garantir o direito à saúde de forma equitativa. 🧭
Onde estão os maiores apertos? Acesso aos serviços (30%), acesso à informação (22,3%), representatividade de grupos minoritários entre profissionais (20%) e formação adequada (17,3%). 🚪📚
As lacunas mais citadas incluem: educação sexual compreensiva (11%), identificação e acompanhamento de situações de género (11%), barreiras linguísticas (10,3%), acesso a serviços de SSR (8,8%), produtos menstruais (8,1%), cuidados de fertilidade (8,1%), consultas de sexologia (7,4%), contracetivos (6,6%), planeamento familiar (6,6%), IVG dentro dos prazos legais (6,6%) e acompanhamento na gravidez e parto (5,1%). 🧩
Tem mais: 70,4% dizem que não há políticas eficazes para responder à violência de género. A desigualdade e a violência aparecem sobretudo no trabalho (23,6%) e na família (23,6%). Nas escolas, 18,1% veem falhas na resposta a bullying e discriminação; e há referências a negligência em cuidados de saúde e forças de segurança (12,5%). 🚨
Entre as organizações, 51,9% atuam diretamente em Saúde Sexual e Reprodutiva e 74,1% já usam o conceito de autonomia corporal. Para jovens, 66,7% notam fragilidade nas políticas públicas de combate à desigualdade e à violência, especialmente em contextos escolar, digital e familiar. 🧒💻🏠
O que muda para você? Se está em Portugal, a pesquisa confirma algo que muita gente sente na pele: o acesso existe, mas não é simples. Pode faltar informação clara, atendimento sensível à diversidade e apoio no idioma. Isso não significa que você não tenha direitos — significa que talvez precise de um roteiro mais preciso para conseguir o que precisa. 🌍🧭
O que fazer agora? (passo a passo) ✅
• 📞 Procure o seu Centro de Saúde e peça consulta de Planeamento Familiar (atende sexualidade, contraceção, fertilidade, gravidez e pós-parto). Se ainda não tem número de utente, informe-se no próprio centro sobre como obter.
• 📲 Use o SNS 24 (808 24 24 24) para orientações e encaminhamentos. Diga se precisa de apoio de interpretação ou leve alguém para ajudar na comunicação.
• 💊 Contracetivos e sexologia: pergunte no centro de saúde sobre acesso a métodos contraceptivos e referenciação para sexologia quando houver.
• 🩸 Produtos menstruais: verifique programas locais (autarquias, escolas, associações) que distribuem produtos gratuitamente ou com apoio.
• ⚖️ Violência de género: em emergência, ligue 112. Para apoio e denúncia, use a Linha 800 202 148 (violência doméstica) e a APAV 116 006. Ajuda é confidencial.
• 🧑🏫 Para jovens e escolas: se houver bullying ou discriminação, registe ocorrências e acione a direção da escola; busque apoio no centro de saúde e em associações locais.
• 🗣️ Informação é poder: salve termos-chave para pedir no atendimento: "Planeamento Familiar", "Saúde Sexual e Reprodutiva", "Consulta de Sexologia", "Aconselhamento em fertilidade" e "IVG (dentro dos prazos legais)".
Resumo da ópera: o estudo grita por mais políticas e melhor acesso. Enquanto isso não chega, dá para navegar o sistema com informação certa e pedir os serviços que já existem. Conte com essa bússola. 🧭💙