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Caso do 'xenófobo dos 500 euros' em Portugal: brasileiros temem impunidade; PJ investiga crime de ódio
23 de set. de 2025
🇵🇹🇧🇷 Respira fundo e vem comigo: o caso do chamado “xenófobo dos 500 euros” segue mexendo com quem vive em Portugal. O homem de 56 anos, acusado de incitar ódio ao oferecer € 500 por “cabeça de brasileiro” num vídeo, foi detido em 8 de setembro, mas aguarda o julgamento em liberdade, com medidas como apresentações na polícia e proibição de usar redes sociais. ⚠️
A Polícia Judiciária (PJ) continua a investigação para reunir provas e, então, o Ministério Público (MP) decidir se apresenta denúncia. O enquadramento pode ser pelo artigo 240 do Código Penal, que trata de discriminação e incitamento ao ódio e à violência — crime que pode levar a penas superiores a cinco anos, segundo o que aponta a legislação aplicável.
E tem mais: se houver sinais de risco de fuga, quebra das medidas impostas ou continuidade do discurso de ódio, a Justiça pode voltar a aplicar detenção preventiva antes do julgamento. 📌
Do lado da comunidade, a mobilização foi forte para que a detenção ocorresse. A ativista Sônia Gomes, da AAEIF, diz acreditar na Justiça e promete manter o tema vivo para evitar a impunidade. Já Juliet Cristino, do CIP, é cética e vê um risco de tratamento desigual. Uma advogada brasileira especializada em imigração, que preferiu não se identificar, também teme que não haja punição, mencionando um “paternalismo” no sistema. Do lado das instituições, o presidente da Ordem dos Advogados, João Massano, defendeu resposta firme e exemplar, alertando que impunidade alimenta a escalada do ódio nas redes.
No meio disso tudo, um ponto de alento: muitos portugueses se indignaram com o episódio, reforçando que discurso de ódio não representa o país. Ainda assim, o sentimento entre brasileiros em Portugal é de vigilância: querem ver a lei funcionar na prática. 🔎
O que muda para você? A investigação segue e há base legal para responsabilização. Até a decisão final, vale redobrar cuidados e conhecer seus direitos para agir rápido se houver novos ataques.
O que fazer agora? 🧭
Guarde provas: se vir conteúdo de ódio, não compartilhe. Faça prints, salve links e registre data/hora.
Denuncie oficialmente: procure PSP/GNR ou a própria PJ. É possível apresentar queixa-crime também junto ao Ministério Público.
Peça apoio: associações de imigrantes (como AAEIF, CIP) e organizações de apoio a vítimas podem orientar juridicamente e emocionalmente.
Fique de olho: acompanhe atualizações por fontes oficiais e entidades de classe. Evite boatos.
Em risco imediato: ligue 112.
💡 Dica final: converse com amigxs e grupos de comunidade, compartilhe orientações de denúncia e combine rotas de apoio no bairro, no trabalho e na escola. Informação e rede fazem diferença. 🤝