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After Dark: chefs brasileiros lideram a nova onda da culinária japonesa em Lisboa
27 de out. de 2025
🍣🌙 Se acha que Lisboa não é terra de sushi autoral, segura essa: o After Dark, um izakaya com sotaque brasileiro no Príncipe Real, está roubando a cena. À frente do balcão está o chef Matheus Martins, que transformou, à noite, o Boubou’s Sandwich Club num bar japonês intimista, com menu enxuto, técnica apurada e memória afetiva brasileira.
O conceito nasceu depois de uma viagem ao Japão e de muitas conversas com a premiada chef Louise Bourrat. Em poucos meses, o projeto ganhou tração: começou abrindo três noites por semana e hoje já funciona em cinco noites, com opções de menu de 7 ou 10 momentos. É gastronomia japonesa com tempero de infância: Matheus cresceu indo à Liberdade, em São Paulo, berço de restaurantes tradicionais. Não por acaso, o Brasil tem raízes profundas nessa culinária — em 2017, o Consulado do Japão em SP estimou cerca de 887 mil pessoas com ascendência japonesa só no estado.
A trajetória do chef ajuda a explicar o resultado: desde 2012 na cozinha, estudou em Melbourne, passou por casas em São Paulo, chefiou em Fernando de Noronha e, em 2022, desembarcou em Lisboa como head-chef do Salta. Em 2024, juntou-se ao Boubou’s e, quatro meses atrás, deu vida ao After Dark. O público abraçou: liberdade criativa, balcão animado e produto de altíssima qualidade.
E aqui está um pulo do gato: Portugal favorece a técnica japonesa graças à matéria-prima. Peixes e frutos do mar frescos, além de carnes da Galícia, elevam o nível do que sai da grelha e da faca. Para Matheus, é um casamento perfeito: tradição japonesa + ingredientes portugueses = experiências marcantes.
Não é caso isolado: uma nova geração de chefs brasileiros vem dando o tom da cena nipônica em Lisboa. Destaque para Habner Gomes, no Yoso (que conquistou sua primeira Estrela Michelin em um ano), Lucas Azevedo, no Ryoshi, e William Vargas e Gabriela Hatano, no Omakase Hi. Lisboa pode não ter tradição histórica japonesa, mas já tem endereço para quem busca excelência.
De espírito sereno e foco no longo prazo, Matheus quer crescer o After Dark em Lisboa e maturar a ideia, sem pressa. Voltar ao Japão segue no horizonte, mas por enquanto, a missão é iluminar as noites lisboetas com técnica, afeto e um toque bem brasileiro. ✨
O que muda para você? Se vive em Lisboa ou está de passagem, há um novo hotspot para provar gastronomia japonesa autoral, feita por mãos brasileiras e com produto local de ponta.
O que fazer (agora)?
• 📅 Planeje a visita ao After Dark — funciona à noite, hoje em cinco noites por semana. Chegue cedo ou verifique a possibilidade de reserva.
• 🍣 Curioso por mais? Explore também Yoso, Ryoshi e Omakase Hi para mapear a cena japonesa assinada por brasileiros em Lisboa.
• 📝 Quer estudar gastronomia? Observe o caminho do chef: técnica, imersão cultural e uso de ingrediente local. Monte um plano de cursos e estágios alinhado a isso.
• 🗺️ Vem a turismo? Inclua o Príncipe Real no roteiro noturno gastronômico. A experiência é ideal para casais, amici e quem curte balcão com storytelling.
• 🐟 Dica de ouro: ao pedir, valorize o que é mais fresco do dia. O resultado brilha no prato.






