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Portugal: 51% dizem querer menos brasileiros — entenda o clima e como se proteger
9 de dez. de 2025
🇵🇹🇧🇷 Respira fundo e vem comigo: uma pesquisa da Fundação Francisco Manuel dos Santos revelou que 51% dos portugueses acham que deveria haver menos brasileiros em Portugal. Hoje, a nossa comunidade é a maior entre estrangeiros: 31,4% dos 1,5 milhão de residentes de fora.
⚠️ O tema não é só percepção. Segundo a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), em 2022, 34% das denúncias de discriminação racial vieram de brasileiros — um salto de 142% desde 2018.
🚨 Casos graves também foram notícia: um padeiro em Aveiro publicou vídeo oferecendo 500€ pela morte de brasileiros e responde por apologia à violência e incitação. Em outubro, Bruno Silva, ligado ao partido Chega, teve prisão preventiva após oferecer 100 mil euros pela morte de uma jornalista brasileira — a primeira prisão preventiva por discurso de ódio em Portugal. E há relatos no dia a dia: de xenofobia linguística a hostilidade em trabalho e escolas. Um caso recente envolveu o menino José Lucas (10 anos), agredido por colegas em Cinfães.
📊 Num país com cerca de 10,3 milhões de habitantes e PIB per capita perto de US$ 23 mil, a comunidade brasileira movimenta a economia e a cultura. Mas o avanço de discursos nacionalistas e de extrema direita está influenciando a opinião pública. A boa notícia? A lei portuguesa protege e a Justiça tem reagido — as detenções e processos mostram que denunciar funciona.
O que muda para você? 🛡️ O clima pode ficar mais tenso em alguns ambientes, mas seus direitos estão garantidos. Informação e rede de apoio fazem toda a diferença — e agir cedo evita que situações escalem.
O que fazer agora? (Passo a passo) ✅
🚨 Emergência: se houver ameaça ou agressão, ligue 112 na hora.
📝 Guarde provas: prints, áudios, vídeos, nomes de testemunhas e, se houver lesão, atestado médico.
📣 Denuncie: registre no CICDR (discriminação), e faça queixa-crime na PSP/GNR ou Ministério Público (crime de ódio — art. 240º do Código Penal).
💼 No trabalho: acione RH, a ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) e a CITE (igualdade no emprego) em casos de assédio ou discriminação.
🎒 Na escola: fale com a direção e peça medidas do programa Escola Sem Bullying. Persistindo, formalize denúncia por escrito.
🤝 Procure apoio: organizações como SOS Racismo, associações de brasileiros e o Consulado do Brasil oferecem orientação.
📚 Informe-se: conheça a Lei n.º 93/2017 (antidiscriminação) e as regras das plataformas para remover discurso de ódio online.
📲 Segurança digital: evite confrontos diretos com agressores, reporte e bloqueie. Em ameaças, não apague as mensagens.
🧾 Status migratório em dia: mantenha documentação atualizada junto à AIMA — isso ajuda na hora de acionar direitos.
Insight prático acionável 💡: reflita sobre seus trajetos e ambientes, combine contatos de confiança, deixe provas organizadas e salve os canais de denúncia no celular. Informação, prevenção e apoio são suas melhores ferramentas agora.




