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Aluguel de quartos em Portugal sobe: média de €415; Lisboa chega a €714 — impacto direto nos estudantes brasileiros
9 de set. de 2025
Respira fundo: morar e estudar em Portugal está mais caro — e muito. Para quem vem do Brasil, o peso do aluguel virou protagonista do orçamento. Dados recentes mostram que o preço médio de um quarto está em €415/mês, e em Lisboa pode chegar a €714 em alguns bairros. 😓
Histórias como a de quem pagava €290 por um quarto no Porto e hoje não encontra por menos de €400 se multiplicam. Em Coimbra, teve quem desembarcasse pagando €250, migrasse para um microapartamento a €400 e ainda sentisse o orçamento apertar. Já em residência universitária, houve reajuste de €67 para €100 num quarto duplo — mesmo assim, sair da residência virou “missão impossível” para muita gente.
O Observatório do Alojamento Estudantil aponta: a média de €415 está 5,5% acima do ano anterior. Para comparar, em julho de 2024 era €397 e, em julho de 2022, €275. Em Lisboa, a média fica perto de €500 (com picos de €714); no Porto, cerca de €400; em Braga, €323; e em Coimbra, €280 — embora, na prática, muitos anúncios já estejam acima disso. 📈
O presidente da Federação Acadêmica de Lisboa resume o drama: o preço médio de um aluguel ronda €500, mais da metade do salário mínimo de €870. Resultado: estudar e pagar teto virou ginástica financeira, especialmente para famílias com menos renda.
Por que subiu tanto? A leitura dos Serviços de Ação Social de universidades é clara: baixa oferta de imóveis, turismo em alta e aumento de trabalho migrante aqueceram o mercado e esticaram os preços. 🎯
Tem mais um ingrediente que pesa no bolso de quem é de fora: as propinas (anuidades). Em alguns cursos, estudantes de Portugal/UE pagam cerca de €2.500/ano, enquanto internacionais chegam a €4.550; para a CPLP, por volta de €3.835. Quem entra como estudante local via Exame Nacional nas públicas pode ter teto anual de €697 em licenciaturas/mestrados integrados. Brasileiros com dupla nacionalidade ou Estatuto de Igualdade de Direitos e o ingresso correto podem acessar esses valores. 💡
O que muda para você? Se a ideia é vir (ou ficar), planejamento virou palavra de ordem. A conta do aluguel pesa mais, as vagas em residência são disputadas e o timing da busca faz diferença.
O que fazer agora? ✅
🧮 Monte um orçamento realista: some aluguel + caução + contas (luz, gás, água, internet) e transporte. Simule com €415–€500 para quarto nas grandes cidades.
🏠 Cadastre-se nas residências universitárias (SASULisboa, SASUP, SASUC etc.) e acompanhe as listas de espera. Reserve hospedagem temporária para a chegada.
🗓️ Antecipe a procura: comece 60–90 dias antes do início das aulas. Visite imóveis (presencial ou vídeo), confirme localização e condições.
🛡️ Evite golpes: desconfie de pedidos de transferência adiantada sem contrato/visita. Use plataformas reconhecidas, recibos e contratos com NIF do proprietário.
🧭 Considere bairros/cidades alternativas com boa ligação ao campus. Às vezes 20–30 minutos de comboio economizam dezenas de euros por mês.
📚 Avalie sua via de ingresso: se houver chance de dupla nacionalidade ou Estatuto de Igualdade, veja se consegue acessar propinas mais baixas nas públicas.
💼 Busque bolsas, estágios e empregos no campus (quando o curso permitir). Ajuste carga horária para não travar a rotina acadêmica.
🤝 Divida despesas: repense morar solo. Quartos em T2/T3 bem localizados podem sair mais em conta que studios.
📣 Sofreu discriminação? Procure a universidade, Provedoria de Justiça e canais oficiais de denúncia. Documente tudo.
Resumo da ópera: dá para vir e estudar, sim — mas com planejamento, olho vivo no mercado e um plano B na manga. ✈️📚
Escolha o seu país de interesse, e seja lembrado da próxima notícia!