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Brasil vira rota do tráfico humano; PF desmonta rede na fronteira e Portugal aperta regras
9 de set. de 2025
🚨 Alerta importante: o Brasil entrou de vez no mapa como rota estratégica do tráfico humano. Não é roteiro de série — é realidade. Redes ligadas a Irã, China e Rússia usam o país tanto como destino quanto como base de operações e passagem.
Na última semana, a Polícia Federal deflagrou uma ação no extremo norte do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, e desarticulou um esquema que levava estrangeiros por rotas clandestinas até o Suriname. As viagens eram cobradas em moeda estrangeira, com valores exorbitantes, vendidas como travessias “seguras” para quem não tinha autorização de entrada ou saída. ✈️💸
O Acnur aponta o Suriname como origem, rota e destino de migração e tráfico ilegais — e os Estados de fronteira no Brasil seguem como os mais pressionados.
🧭 Um relatório da Florida International University (FIU) indica que o Brasil virou centro operacional para redes ligadas à China, Rússia e Irã. Há uma rota aérea consolidada de Istambul para São Paulo e histórico de coiotes iranianos. Exemplo: em 2023, na Operação Jano, um iraniano foi preso acusado de liderar quadrilha que falsificava passaportes canadenses para enviar migrantes ao Canadá e à Europa via países latino-americanos, cobrando entre US$ 30 mil e US$ 60 mil. A base? São Paulo — hoje o principal polo desse tipo de falsificação, inclusive simulando passaportes israelenses. As investigações seguem também no Canadá, República Dominicana e Reino Unido. 🧾
🇨🇳 Do lado da migração regular, a presença chinesa cresceu forte: em 2024, foram 7.772 vistos de expatriados empresariais (cerca de 20% dos vistos de trabalho), maior número desde 2013. O perfil mudou: além de trabalhadores, chegaram executivos — mais de 700 entre 2021 e 2024. São Paulo e Bahia concentram mais de 3 mil e 2,5 mil expatriados, sobretudo nos setores automotivo e eletrônico. Mas há alerta: inspeção federal flagrou 163 chineses em condições degradantes na fábrica da BYD em Camaçari (BA). ⚠️
🛂 Políticas de vistos também entram no jogo: a China liberou entrada sem visto para brasileiros por até 30 dias (em maio), mas o Brasil manteve a exigência de visto a chineses — medida vista como estratégica para conter migração irregular, algo que explodiu no Equador quando o país suspendeu a exigência em 2016 e depois voltou a pedir visto em julho do ano passado.
🇷🇺 Com a guerra na Ucrânia, mais de 800 mil russos deixaram o país; parte escolheu Argentina e Brasil (muito no Sul, com Florianópolis em destaque). Não há indício de uso do Brasil como rota aos EUA (a preferência é voo direto a México), mas casos de espionagem e uso de documentos brasileiros por agentes russos trouxeram críticas.
🇻🇪 O maior fluxo segue sendo o de venezuelanos. Após as eleições no país, uma nova onda levou Pacaraima (RR) a dobrar atendimentos da Cáritas (de 150 para 350 por dia). Até 20 de agosto, foram 17.212 intervenções (quase 6 mil a mais que em julho), com média de 860/dia. Desde 2015, mais de 1 milhão entraram no Brasil; só no 1º semestre de 2025, foram 96.199, com 53% por Roraima.
🌍 Para brasileiros, o cenário lá fora ficou mais apertado. Em Portugal, a nova lei que cria a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras muda o jogo: a “manifestação de interesse” deve ser extinta até 31/12/2025 e substituída por um visto para busca de emprego qualificado (com exigência técnica). Quem não conseguir trabalho em 120 dias terá de sair e só poderá pedir novo visto após 1 ano. Em agosto, porém, o Tribunal Constitucional considerou inconstitucionais artigos da lei e adiou a aplicação. Ainda assim, brasileiros seguem como a maior comunidade estrangeira em Portugal: 500 mil em 2023 (eram 111 mil em 2018). 🇵🇹
Nos Estados Unidos, expulsões continuam com voos de repatriação a cada 15 dias. O governo brasileiro repatriou 1.400 cidadãos entre fevereiro e agosto. E, no topo da pirâmide, um relatório da Henley & Partners estima que 1.200 brasileiros bilionários devem deixar o país nos próximos meses, citando insegurança jurídica e carga tributária. 💼
O que muda para você? 📌
• Fronteiras mais vigiadas e fiscalização intensa em rotas terrestres e aeroportos.
• Golpes e “coiotes” cada vez mais caros e perigosos — risco real de tráfico e exploração.
• Vistos mais exigentes (caso de Portugal) e deportações frequentes (EUA).
• Trabalho: empresas e terceirizadas sob lupa por condições análogas à escravidão.
O que fazer agora? ✅
• Planeje a rota legal: verifique requisitos de visto, prazos e documentos no site oficial do país de destino e em consulados/embaixadas. ✍️
• Fuja de promessas “rápidas e seguras”: não pague intermediários que oferecem travessias clandestinas. Isso alimenta o tráfico e coloca vidas em risco. 🚫
• Guarde evidências: contratos, conversas, comprovantes. Se algo parecer errado, isso ajuda a denunciar e se proteger. 🧾
• Portugal: acompanhe a transição do sistema e avalie o visto de emprego qualificado. Atualize currículo e portfólio e mapeie vagas da sua área. 🇵🇹
• EUA: não arrisque entrada irregular; a chance de deportação é alta. Procure alternativas legais (estudo, trabalho qualificado). 🇺🇸
• Empresas: revise fornecedores e condições de alojamento/contratos para evitar risco trabalhista. 🔎
• Precisa denunciar? Procure Polícia Federal, Ministério da Justiça, organismos internacionais (ACNUR) e defensorias. Segurança primeiro. 🆘
Resumo em uma linha 💡: o mundo apertou as portas para a migração irregular e o Brasil virou rota cobiçada por redes criminosas; informação e planejamento são o seu melhor colete salva-vidas.
Escolha o seu país de interesse, e seja lembrado da próxima notícia!