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Brasileiros nos EUA sob Trump: medo de blitze, deportações e decisões difíceis: o que muda para você
13 de out. de 2025
🇺🇸 Vida real, sem filtro: relatos de brasileiros espalhados pelos EUA mostram um cotidiano com mais blitze migratória, detenções e incerteza sob o governo Donald Trump. É aquele clima de tensão que muda rotina, trabalho e até planos de família. Respira fundo — vamos ao ponto e, no final, tem um guia prático do que fazer agora. ✋
Massachusetts: a família que se desfez de um dia para o outro
Em regiões com muitos imigrantes, como no estado de Massachusetts, a reportagem da Folha ouviu histórias como a de uma mineira que viu o marido ser detido e deportado após uma ação ligada a uma infração de trânsito de um parente. Ele ficou 56 dias em centros de detenção, perdeu peso, teve crises de pânico — e a família ficou dividida entre medo, filhos na escola e o dilema de voltar ou permanecer.
Califórnia: trabalho com freio de mão puxado
Em Orange County, um brasileiro que entrou com visto de turista e ficou irregular conta que evitou dirigir por aplicativo e reduziu deslocamentos por receio de abordagens. Quando carros da imigração apareceram perto do trabalho, ele ficou uma semana sem sair de casa. O dia a dia virou vigilância constante — e ansiedade.
Flórida: um bebê, um visto e um país em suspense
Na Flórida, um fotógrafo decidiu voltar ao Brasil após ter a extensão do visto de trabalho negada justamente quando o filho ia nascer. Segundo a reportagem, o governo Trump anunciou e editou um decreto mirando o direito à cidadania por nascimento, que foi paralisado por tribunais inferiores enquanto avança a disputa judicial. A família entrou em ação coletiva para tentar proteger o status do bebê e, mesmo com documentos emitidos para a criança, viveu meses reclusa por medo de fiscalização.
Nova York: até quem está regular anda com o passaporte no bolso
Mesmo com visto de estudante e depois de trabalho, outro brasileiro relata que o clima azedou, citando casos de cancelamentos e revisões de status em meio a polêmicas no ambiente universitário. Resultado: documentos sempre à mão e atenção redobrada em locais com presença de estrangeiros.
O que muda para você?
— A fiscalização está mais visível em algumas áreas e isso impacta trabalho, deslocamento e escola.
— O medo não atinge só quem está irregular: estudantes, trabalhadores e famílias em processo também relatam tensão e dúvidas.
— Decisões de tribunais podem mudar cenários rapidamente; acompanhar fontes confiáveis virou item de primeira necessidade.
⚙️ O que fazer agora (guia prático)
🛂 Tenha seus documentos à mão: passaporte, carteira de identidade do país, I‑94, I‑20/DS‑2019 (estudantes), EAD, recibos I‑797 e comprovantes de endereço. Guarde cópias digitais e físicas.
📞 Monte um plano de emergência: contatos de confiança, autorização para buscar filhos na escola, procuração simples para assuntos familiares e médico-hospitalares. Combine pontos de encontro.
⚖️ Fale com um advogado licenciado em imigração: revise seu status, prazos e opções (ajustes, perdões, asilo, TPS, DACA, renovação de vistos). Evite “consultores” sem licença.
🧠 Saiba seus direitos: você pode permanecer em silêncio, pedir um advogado e não precisa abrir a porta sem mandado judicial assinado por juiz. Verifique a autenticidade de qualquer mandado.
🎓 Estudantes e trabalhadores: mantenha SEVIS/DSO informados, guarde holerites/contratos e não mude emprego/curso sem orientação. Leve I‑20/DS‑2019 ou carta do empregador em deslocamentos.
📰 Fuja de boatos: confirme em USCIS, ICE, Consulados do Brasil, ACLU e organizações locais. Grupos de mensagens ajudam, mas checar é obrigatório.
🚗 Deslocamentos: revise documentação do veículo, evite caronas pagas sem cobertura adequada e planeje rotas. Se houver fiscalização na área, priorize horários e caminhos conhecidos.
🤝 Conecte-se com a comunidade: igrejas, ONGs e clínicas jurídicas oferecem orientação gratuita e workshops de “know your rights”. Informação boa acalma o coração. 💙
Resumo em uma frase: o cenário está mais duro, mas com planejamento, documentos em ordem e orientação jurídica dá para atravessar a fase com mais segurança.






