🇧🇷🤝🇺🇸 O recado foi direto: a diáspora brasileira nos EUA quer ação já do Congresso e do governo Lula para proteger quem vive lá. Em audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, convocada pelo deputado Reimont (PT-RJ), lideranças denunciaram deportações aceleradas, abusos em operações do ICE e violações de direitos.

📌 O contexto: Estimam-se cerca de 2 milhões de brasileiros nos EUA, com presença forte na Flórida, Massachusetts, Connecticut, Nova York, Nova Jersey, Califórnia e Texas. Em Massachusetts, após incursões do ICE, relatos apontam prisões violentas e transferências para longe, em condições degradantes.

📊 Os números que doem: Desde janeiro, 2.230 brasileiros foram acolhidos no retorno ao Brasil após deportação. 83% são homens e 17% mulheres. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, a estratégia tem mirado pais de família, esperando que o restante do grupo volte por conta própria.

⚖️ Direito ao devido processo: O advogado Antonio Massa Viana alertou para um ataque ao devido processo legal, com pessoas que seguiam regras sendo presas e deportadas. E teve polêmica até com post da Embaixada dos EUA usando o filme E.T. para promover app de autodeportação — associação criticada por desumanizar migrantes.

🗣️ O que a comunidade pediu: A deputada estadual em MA Priscila Sousa propôs uma delegação parlamentar brasileira para visitar centros de detenção e articular ações com deputados locais. O pesquisador Alvaro Lima quer uma frente parlamentar no Congresso, coordenação entre ministérios e interlocução diplomática firme. A ativista Heloisa Galvão fez um apelo direto a Lula por medidas contundentes.

🏛️ O que o governo brasileiro disse: O Itamaraty informou que consulados foram orientados a visitar prisões e cobrar reparações em caso de violações. E o governo lançou o programa "Aqui é Brasil", que dá apoio psicossocial, saúde, abrigo, alimentação, transporte e regularização de documentos desde o desembarque. Na Câmara, foi defendida a prorrogação do programa (inicialmente de 12 meses).

✈️ Deportações e voos: Gerou repercussão o uso de aeronave da GOL para voos de repatriação por autodeportação voluntária, contratado pelo US CBP. A empresa diz que cumpre fretamentos com foco na segurança e sem distinção de serviço.

🧭 O que muda para você? Se vive nos EUA ou tem família lá, o momento pede organização, informação e rede de apoio. A pauta subiu na agenda de Brasília e pode render visitas oficiais, nova frente parlamentar e reforço consular.

✅ O que fazer agora:

• 🧾 Organize documentos (passaporte, comprovantes de endereço, contratos, histórico de entrada) e mantenha cópias digitais seguras.

• 📱 Salve contatos do Consulado do Brasil da sua jurisdição e de serviços legais confiáveis. Deixe um plano com alguém de confiança.

• 🛑 Em abordagem do ICE: você pode permanecer em silêncio, pedir intérprete e não assinar nada que não entenda. Se puder, anote nomes/placas e procure assistência jurídica.

• 🧑‍⚖️ Sofreu abuso? Registre tudo (datas, locais, documentos) e procure o consulado para orientação e possíveis queixas formais.

• 🏠 Vai retornar ao Brasil (voluntário ou deportado)? Busque o "Aqui é Brasil" no aeroporto de chegada para acolhimento, saúde e regularização.

• 🤝 Conecte-se a grupos locais da comunidade brasileira e mantenha-se informado sobre novas medidas do Congresso e acompanhamentos consulares.

• 🗳️ Cobre seus representantes no Brasil por frente parlamentar e delegação aos EUA. Quanto mais pressão qualificada, mais rápido saem as ações.