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EUA cancelam vistos por conduta online: entenda regras, limites e como se proteger
15 de dez. de 2025
Postou, pegou mal e o visto foi embora? 😬 Uma decisão recente nos EUA incendiou o debate: o governo de Donald Trump anunciou a revogação de vistos de estrangeiros que celebraram nas redes sociais a morte do ativista conservador Charlie Kirk. Segundo o Departamento de Estado, os EUA “não têm obrigação de hospedar estrangeiros que desejam a morte de americanos” e seguem identificando quem comemorou o “hediondo assassinato”. A medida teria atingido pessoas da Argentina, África do Sul, México, Brasil, Alemanha e Paraguai.
Antes de tudo: nos EUA, a liberdade de expressão é forte, mas não dá direito automático a visto. O governo pode analisar a conduta online de quem pede ou possui visto e agir se enxergar risco à segurança. Isso está amparado no Immigration and Nationality Act (INA), Seção 212(a)(3), que trata de inadmissibilidade por segurança ⚖️.
Desde 2019, quem solicita visto precisa informar as contas de redes sociais dos últimos 5 anos. Na prática, postagens com discurso de ódio, incitação à violência, extremismo ou conteúdo que pareça ameaça ao interesse nacional podem levar à negação, cancelamento ou revogação do visto. 🛂
Posso recorrer? O caminho é limitado. Não há apelação formal, mas é possível reaplicar com novas informações e contexto ou tentar uma reconsideração administrativa. A decisão final é do Departamento de Estado. Transparência e coerência contam muito.
Se o visto foi revogado enquanto a pessoa está nos EUA: em regra, a revogação atinge o visto no passaporte (o “direito de viajar”), não necessariamente o status migratório já concedido (o I-94). Quem está em conformidade pode permanecer até o fim do status, mas não consegue reentrar se sair. Nesses casos, é prudente falar com um advogado de imigração. 📌
O que muda para você? 🤔
• Seu digital deixa rastro: consulados e o DHS checam redes. Privado não é invisível. Prints existem. 🔎
• Mentir é pior que o post: falsidade ou omissão em formulário (DS-160/DS-260) pode gerar banimento por má representação. 🚫
• Contexto importa: ironia, sarcasmo ou “brincadeira” podem ser interpretados como incitação ou apologia. Cuidado com o tom. 🧠
O que fazer agora? ✅
• Revise seus perfis (últimos 5 anos). Evite conteúdo com ódio, violência ou extremismo. Não tente “apagar o passado” para enganar: não minta se for perguntado. ✍️
• Vai aplicar para visto? Preencha tudo com exatidão (inclua todas as redes). Ajuste o comportamento digital daqui pra frente. 📱
• Teve revogação/negação? Não viaje. Verifique o status no CEAC, junte evidências de contexto das postagens (datas, explicações), histórico de viagens e vínculos, e reaplique. Se possível, procure advogado de imigração. 🧾
• Está nos EUA e recebeu aviso? Não saia sem orientação. Seu status pode seguir válido, mas a reentrada pode falhar. ⚠️
• Vai com ESTA? O DHS também pode cancelar autorização por risco. Cheque antes de embarcar. ✈️
Resumindo: redes sociais agora são parte do seu dossiê migratório. Fale, opine, mas sem violência ou apologia de crime. Isso pode custar uma viagem — e um futuro plano de vida. 💙
Recomendação prática 👉 Faça hoje uma auditoria digital: revise posts sensíveis, ajuste privacidade, documente contexto do que ficar, e alinhe seu discurso público com as regras de visto. Em caso de problema, não embarque e busque orientação especializada.






