Sabe aquele lugar onde a vida anda mais calma, o bolso respira e as ideias ganham espaço? Pois é, esse lugar existe e fica no interior de Portugal: Fundão, no distrito de Castelo Branco. Com cerca de 26 mil habitantes e gente de 70 nacionalidades, a cidade virou um caldeirão de diversidade e inovação — e os brasileiros têm sido protagonistas desse movimento. 🇵🇹🇧🇷

No mapa da tecnologia, o pernambucano Ricardo Danayalgil Júnior chegou há quase três anos, atraído por programas de incentivo da Câmara Municipal em tecnologia e inovação. Transferiu uma ideia criada em Recife e fundou, com o irmão Tiago, a The Danyalgil Company. O primeiro projeto? Rastrear produtos agrícolas do campo até a entrega ao cliente — tudo via QR Code. O produto cresceu, saltou para o setor têxtil e hoje atende 50 companhias de grande porte e milhares de usuários numa plataforma remota turbinada com IA. "Acolhimento" é a palavra que define a experiência — tanto que a base da empresa promete continuar no Fundão. A dica de Ricardo: ser bem brasileiro, com respeito à cultura local. 🤝

Na vida em comunidade, a paranaense Narion Coelho chegou em 2021 acompanhando o parceiro, engenheiro contratado em Portugal. Pesou a qualidade de vida, o custo e a tranquilidade para criar filhos e escolheu o interior em vez de Lisboa ou Porto. Abriu o Empório CWB, loja de produtos brasileiros que virou ponto de encontro: gente chega para comprar, fica para conversar e sai com amigos. Narion também cofundou a Associação de Apoio Brazuca e Amigos, que ajuda quem está chegando. O Arraiá Luso-Brasileiro reuniu 800 pessoas na última edição. E ela crava: “Brazuca não é pejorativo — é sinônimo de alegria.” 🌽🎶

Na carreira jurídica, a carioca Gabriella Sá mudou-se em 2018 para o mestrado em Lisboa, encarou trabalhos temporários (sorveteria, telemarketing, atendimento) e, depois, recebeu proposta no Fundão. A adaptação foi imediata: o que pagava por um quarto em Lisboa virou o aluguel de um apartamento no interior. Hoje, divide-se entre Fundão e Barcelona e é sócia da BSA Advocacia Internacional, que atua em Portugal, Espanha e Brasil, com 7 profissionais e 70 a 100 novos clientes por mês. Teve apoio da Câmara — um programa que chegou a pagar metade do aluguel para atrair profissionais. O recado de Gabriella é direto: planejamento faz toda a diferença. E um mantra útil: “Pessoa documentada é pessoa livre.” 📑

O que muda para você? Fundão mostra que o interior de Portugal pode ser a rota do meio: custo de vida mais leve, rede de apoio e oportunidades reais para empreender e trabalhar — da tecnologia ao comércio, passando por serviços especializados. Mas a chave está em planejar, se adaptar e construir comunidade. 💡

O que fazer agora? (Insight prático) ✅

🧭 Pesquise o Fundão e a região Centro de Portugal: confira os programas da Câmara Municipal voltados a tecnologia, inovação e atração de talentos.

💶 Compare custo de vida: simule aluguel no interior vs. Lisboa/Porto e avalie deslocamentos e escolas (se for o caso).

🧪 Se empreende, comece enxuto: valide sua ideia com a comunidade local, foque em resolver problemas reais (logística, rastreabilidade, serviços) e considere automação/IA para ganhar escala.

📄 Organize a documentação com antecedência e faça um plano financeiro para a chegada (reserva de 6 a 12 meses ajuda a reduzir ansiedade).

🤝 Conecte-se: procure grupos locais, iniciativas como a Associação de Apoio Brazuca e Amigos e eventos comunitários (o arraiá lota!). O networking abre portas.

🌍 Dica de ouro: mantenha sua identidade, mas respeite os costumes portugueses. Integração cultural acelera tudo — negócios e amizades. ✨