🇮🇹 Novidade quente da Itália: um decreto do Ministério das Relações Exteriores criou um procedimento especial para descendentes de italianos obterem permissão de residência para trabalho subordinado com menos burocracia e fora das cotas anuais de vistos. Na prática, abre-se um atalho para viver e trabalhar legalmente por lá — e isso pode encurtar o caminho até a cidadania. ✨

📌 A regra vale para descendentes que vivem em países com grandes comunidades italianas no exterior: Brasil, Argentina, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Venezuela e Uruguai. O objetivo é a política de recupero delle radici italiane (recuperação das raízes), incentivando o retorno às origens. No Brasil, são 682.300 cidadãos com registro ativo no AIRE — público direto desse benefício.

O decreto foi assinado pelo chanceler italiano Antonio Tajani e foi publicado em 17 de novembro. Segundo o texto, quem comprovar ascendência italiana poderá solicitar uma permissão de residência para trabalho subordinado mesmo quando as cotas anuais (o famoso decreto flussi) já estiverem preenchidas. 💼

🧭 E mais: após dois anos de residência legal com esse tipo de permissão, a pessoa poderá pedir a cidadania italiana por naturalização em via facilitada, de acordo com o decreto. Essa via é uma alternativa para quem tem ascendência italiana, mas não consegue concluir o reconhecimento por direito de sangue.

⚖️ Contexto importante: em maio, o governo italiano publicou novas regras sobre o reconhecimento da cidadania por ius sanguinis, limitando o direito a duas gerações (filhos e netos), conforme divulgado no Diário Oficial. Para quem ficou de fora dessa faixa, a nova via de residência para trabalho vira uma porta de entrada concreta.

Como funciona na prática 👇

• Comprove a ascendência italiana (certidões de nascimento/casamento até o(a) antepassado italiano, apostiladas e traduzidas quando exigido).
• Busque uma oferta de trabalho subordinado (contrato ou proposta formal) na Itália.
• Solicite a permissão de residência para trabalho subordinado pela via especial, sem disputar cotas.
• Com 2 anos de residência legal, peça a naturalização facilitada prevista no decreto.

📑 Documentos que costumam ser pedidos (podem variar por consulado/questura):
• Passaporte válido e certidões da linha italiana 📄
• Comprovação de moradia na Itália 🏠
• Contrato/proposta de trabalho subordinado 💼
• Seguro-saúde e comprovação de meios de subsistência 🩺
• Taxas e marcações oficiais (questura/consulado) 💶

O que muda para você? ✅
• Se tem ascendência italiana e estava travado(a) pelo funil das cotas, agora há um atalho legal para trabalhar e residir na Itália.
• Quem não se enquadra mais no reconhecimento por ius sanguinis pode usar esta via como plano B rumo à cidadania por naturalização.

⚠️ Atenção: os procedimentos operacionais podem variar por consulado e por questura, e detalhes práticos podem ser ajustados por portarias. Consulte fontes oficiais antes de qualquer movimento: sites do MAECI, Portale Immigrazione e do consulado italiano da sua jurisdição. 🔎

O que fazer agora? ✍️

• Levante sua árvore genealógica italiana e organize as certidões (apostila/tradução quando exigidas).
• Atualize o currículo em italiano e comece a buscar vagas de trabalho subordinado (CLT italiana) em portais e LinkedIn.
• Agende uma consulta no consulado para confirmar os documentos do procedimento especial.
• Prepare um planejamento financeiro mínimo para os primeiros meses na Itália.
• Não venda tudo antes: avance por etapas, com confirmação oficial em mãos. 😉

💡 Dica final: acompanhe os canais oficiais nas próximas semanas — editais e instruções detalhadas costumam sair depois do decreto. Isso ajuda a evitar retrabalho e garante que cada documento esteja no padrão certo. Boa sorte nessa retomada das raízes! 🌿