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Itália facilita retorno de descendentes: Brasil entra na lista e abre caminho para trabalho e cidadania
26 de nov. de 2025
Boa notícia na praça! 🇮🇹✨ A Itália publicou, na Gazzetta Ufficiale, um decreto que facilita a entrada de descendentes de italianos que tenham cidadania de países com grande comunidade italiana no exterior. E o Brasil está na lista. Isso faz parte da implementação do chamado Decreto Tajani, aprovado em março e convertido em lei em maio de 2025.
Na prática, quem é descendente de italiano e tem cidadania de um desses países poderá pedir permissão de residência para trabalho subordinado (com contrato) fora do sistema de cotas migratórias. Depois de 2 anos de residência legal nesse regime, será possível solicitar a cidadania italiana por naturalização facilitada. 👏
Quem está na lista? 📋 O governo usou os dados do AIRE até 31/12/2024 (registros de italianos no exterior) e incluiu 7 países com mais de 100 mil inscritos:
• 🇦🇷 Argentina: 989.901
• 🇧🇷 Brasil: 682.300
• 🇺🇸 Estados Unidos: 241.056
• 🇦🇺 Austrália: 166.848
• 🇨🇦 Canadá: 148.251
• 🇻🇪 Venezuela: 116.396
• 🇺🇾 Uruguai: 115.658
O que muda para você? 🔎 Para quem vive no Brasil e tem ascendência italiana, o impacto é grande: as autorizações para trabalho subordinado deixam de ser limitadas por cotas. Antes, se o Brasil continuasse dentro do sistema de cotas, haveria menos de 50 vagas para autônomos em 4 anos. Agora, para empregos com contrato, a porta fica aberta fora desse limite. 💼
Mas atenção aos limites ⚠️ A medida não muda as regras do ius sanguinis (reconhecimento por descendência). Ela cria um caminho de retorno via trabalho e uma trilha de naturalização facilitada após 2 anos de residência legal. Outras propostas em debate (como exigência de nível B1 de italiano em certos casos) não fazem parte deste decreto.
Critérios e controvérsias 🧭 A lista se baseou no tamanho atual das comunidades no AIRE. Países como África do Sul, México, Peru e Chile ficaram de fora, embora o CGIE (Conselho Geral dos Italianos no Exterior) tenha sugerido incluí-los. Há possibilidade de ampliação por novos decretos no futuro. Especialistas, como Daniel Taddone (CGIE), questionam os critérios por considerá-los arbitrários, ainda que a diretriz esteja alinhada à ideia de recupero delle radici italiane — incentivar o retorno às origens e aliviar a sobrecarga do Judiciário com processos de ius sanguinis.
Quem assinou? ✍️ O decreto leva a assinatura do ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, em conjunto com os ministros do Interior e do Trabalho.
O que fazer agora? ✅
• Confirme sua ascendência: organize certidões italianas e brasileiras com tradução e apostila quando necessário. 📄
• Foque em trabalho subordinado: procure oportunidades com contratto di lavoro na Itália (empregos com vínculo). 💼
• Consulte o consulado italiano para entender o passo a passo do visto/entrada e do permesso di soggiorno fora de cotas. 🏛️
• Prepare documentos: passaporte válido, antecedentes, comprovantes de vínculo empregatício, seguro, e eventuais formulários exigidos. 🧾
• Estude italiano: dominar o idioma ajuda no trabalho e costuma ser relevante em processos de naturalização. 🇮🇹
• Acompanhe as regras oficiais: siga atualizações do MAECI, Ministério do Interior e do Trabalho para prazos e formulários. 🔔
Resumo em uma frase: se tem sangue italiano e cidadania brasileira, a Itália abriu um atalho via emprego com contrato, sem cotas — e, com 2 anos de residência legal, dá para buscar a cidadania por naturalização. 🚀





