Respira fundo e vem comigo: o novo conceito de 'rendas moderadas' do Governo — valores entre 400 € e 2.300 € — já abraça a maior parte do mercado de aluguel em Portugal. Segundo o Idealista, no verão, 8 em cada 10 imóveis anunciados para arrendar ficaram dentro desse intervalo. 📊

Por cidade, o retrato é este: Lisboa tem 77% dos imóveis no intervalo, Porto chega a 83% e Faro, 89%. Já 19% dos anúncios superam os 2.300 € — e a maioria está na capital. 🏙️

Por que isso importa? Porque essas balizas sustentam medidas fiscais do Governo. O economista Ricardo Guimarães (Confidencial Imobiliário) explica: se os limites fossem mais baixos, as grandes cidades ficariam de fora da redução de 10% no IRS associada à política — e aí, quem busca casa justamente onde é mais caro perderia o alcance da medida. Ao incluir os mercados mais caros (venda e arrendamento), o impacto tende a ser mais visível nessas regiões. 💡

Na construção, outra peça do quebra-cabeça: o IVA cai de 23% para 6% para casas até 648 mil €. Em Lisboa, considerando um T2, cerca de 25% dos imóveis entram nesse recorte. As habitações de gama alta ficam de fora — exemplo: na freguesia de Santo António, um T2 tem preço médio perto de 900 mil €. 🧱🏗️

Guimarães aponta ainda um ruído de comunicação: chamar de 'moderado' pode ter confundido. Para ele, faria mais sentido a expressão 'valores máximos' — os tetos que definem quem entra nas regras.

O que muda para você? Se está buscando aluguel em Lisboa, Porto ou Faro, as chances de encontrar imóveis dentro do teto oficial são altas. Para proprietários/investidores, atenção: enquadrar contratos e projetos nos limites pode conectar com benefícios fiscais (como a redução no IRS para o arrendamento e o IVA de 6% em construção elegível). 😉

O que fazer agora? ✅

• Confira se o valor do imóvel desejado fica entre 400 € e 2.300 € e guarde o anúncio/print. 📎

• Pergunte à imobiliária/locador se o contrato se enquadra nas regras ligadas à redução de IRS (para o proprietário) e use isso como argumento na negociação. 💬

• Monte um orçamento por cidade: em Lisboa, espere tickets mais altos; no Porto/Faro, a oferta dentro do teto é ainda maior. 🧮

• Vai investir/construir? Verifique com um/a contabilista se o projeto até 648 mil € pode aproveitar o IVA de 6%. 📝

• Revise contratos e prazos para garantir o enquadramento nas balizas oficiais. ⏱️

• Acompanhe atualizações do Governo: nomes e limites podem mudar, mas os tetos são o que realmente valem na prática. 🔔