💥 Respira fundo: as rendas em Portugal voltaram a acelerar. No ano terminado em outubro, os preços de arrendamento subiram 5,7% (acima dos 4,1% de setembro) e o país atingiu um novo recorde: mediana de 17 €/m2, segundo o índice do idealista. A pressão continua alta, mas um pouco mais espalhada pela maior oferta.

🏙️ Capitais mais caras: Lisboa segue no topo com 22,8 €/m2, depois vêm Porto (18,3 €/m2), Faro (15,8 €/m2) e Funchal (15,7 €/m2). No meio da tabela estão Setúbal (13 €/m2), Coimbra (12,7 €/m2), Aveiro e Évora (11,8 €/m2), e Ponta Delgada (11,7 €/m2). As mais em conta: Viseu (8 €/m2), Vila Real (7,5 €/m2) e Castelo Branco (7,5 €/m2).

📈 Onde subiu mais nas capitais: Viana do Castelo (+21,9%), Faro (+19,6%), Santarém (+14,8%), Viseu (+14,4%) e Coimbra (+14,2%). Em Lisboa (+4%) e Porto (+4,2%) houve alta mais moderada.

🗺️ Distritos/ilhas: subidas em todos os 20 analisados. Destaque para Beja (+22,1%), Guarda (+21,5%), Castelo Branco (+17,5%) e Coimbra (+17,3%). Nos preços, lideram Lisboa (20,9 €/m2), Porto (16,2 €/m2), Faro (16 €/m2) e Madeira (15 €/m2). O mais acessível segue sendo Bragança (6,6 €/m2).

🧭 Por regiões: o Alentejo teve a maior alta (+16,1%), seguido do Centro (+11,3%), Açores (+10,9%) e Algarve (+10,6%). Em nível de preço, a Área Metropolitana de Lisboa segue no topo com 20,2 €/m2, depois Algarve (16 €/m2), Madeira (15 €/m2) e Norte (14,8 €/m2). Mais em conta: Alentejo (11,5 €/m2), Centro (10,3 €/m2) e Açores (10,2 €/m2).

📊 Procura ainda alta, mas a arrefecer: cada anúncio recebeu em média 23 contactos antes de sair do mercado no 3º tri/2025. A pressão diminuiu um pouco: -18% contactos por anúncio face ao ano anterior.

💶 Esforço das famílias: para arrendar, a taxa de esforço média ficou em 83% da renda familiar no 3º tri/2025; na compra, 70%. Ou seja, habitação continua a pesar – e muito – no bolso.

🏛️ Políticas e dados: o INE suspendeu as estatísticas oficiais de rendas até março de 2026. Para 2026, a atualização máxima das rendas existentes será de 2,24% – sem travão extra do Governo e sem apoios diretos aos inquilinos. Já as chamadas rendas moderadas (entre 400 € e 2.300 €) representam mais de 80% dos anúncios e podem dar benefícios fiscais aos proprietários (IRS reduzido de 25% para 10%).

ℹ️ Metodologia: o índice do idealista usa preços de oferta (€/m2 construído), elimina anúncios atípicos/inativos e calcula a mediana dos anúncios válidos. Relatório completo: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/

🔎 O que muda para você? Se está a chegar, renovar contrato ou pensar em trocar de casa, a régua está mais alta. Mas ainda dá para jogar com localização, tipologia e timing para caber no orçamento.

✅ O que fazer agora (passo a passo):

• 🧮 Simule o custo por m2 nas zonas-alvo e compare com o seu teto de renda (regra de ouro: até 30-35% do rendimento líquido).
• 🗺️ Amplie o mapa: avalie zonas vizinhas às mais caras (comboio/metro ajudam a reduzir preço por m2).
• ⏱️ Agilize a candidatura: reúna comprovativos (rendimentos, fiador/seguro, NIF, histórico). Velocidade conta quando há muitos contactos por anúncio.
• 🧾 Negocie prazos: contratos mais longos podem reduzir reajustes e dar previsibilidade.
• 🛎️ Ative alertas nas plataformas e seja a 1ª pessoa a visitar.
• 👥 Considere dividir casa para baixar custo por pessoa em zonas premium.
• 🧑‍⚖️ Revise seu contrato: para 2026, confirme como será aplicada a atualização de 2,24% e planeje o impacto no orçamento.
• 🧠 Se é proprietário: avalie se o seu imóvel cabe em rendas moderadas (400–2.300 €) para aproveitar benefício fiscal.

🫶 Respira, organiza e parte para o plano: informação boa é a que vira ação. Se precisar, posso ajudar a comparar bairros e simular custos por m2. 😉