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Salário em dólar sem sair do Brasil: guia prático para conseguir emprego remoto no exterior
22 de out. de 2025
💸 Trabalhar para fora, ganhar em moeda forte e continuar no Brasil? Sim, está acontecendo – e em grande escala. Um levantamento da TechFX mostrou que os Estados Unidos concentram cerca de 85% das vagas para brasileiros atuando no exterior de forma remota. A média salarial nesses casos chega a US$ 110 mil/ano (aprox. R$ 598 mil), segundo a pesquisa.
🌎 Além dos EUA, há oportunidades em Canadá e Austrália (cerca de 1,85% cada), Reino Unido (1,85%), Argentina (1,55%), Portugal (1,16%), México (1%) e Alemanha (0,62%). A mensagem é clara: o mercado global quer talento brasileiro – principalmente para trabalho remoto.
💻 Onde estão as vagas? A maioria, 87,6%, está em tecnologia. As demais áreas aparecem menores, mas existem: produto (2,9% – 41 pessoas), sucesso do cliente (2,7% – 38), além de design, marketing, operações e RH. Como explica o especialista em carreiras globais Gustavo Sèngès, o mercado é democrático: idade e formação não travam a porta, desde que haja capacidade de entrega e adaptação ao remoto.
🗣️ Inglês: precisa ser perfeito? Não. O que abre portas é o “inglês funcional” – entender e se comunicar com clareza em reuniões. Para liderança e contato com clientes, o nível exigido sobe; para funções mais operacionais, intermediário costuma resolver. E o acesso ficou mais fácil: apps, YouTube e IA (como o ChatGPT para revisar textos e simular entrevistas) ajudam muito. Como diz Eduardo Garay, da TechFX, inglês é um dos melhores investimentos para a carreira.
🧭 Como entrar nesse mercado? Planejamento e ação. Entenda o modelo de contratação, o que o mercado pede e construa uma história profissional consistente. Tenha currículo em inglês e treine entrevistas – esse é um ponto que costuma pegar para quem está no Brasil.
🔗 Três caminhos práticos (dica do Sèngès):
• LinkedIn afiado e atualizado, em inglês.
• Networking genuíno (conexões de verdade, não spam).
• Aplicar sempre e ajustar a estratégia conforme o retorno.
📑 Como você é contratado(a)? Na maior parte dos casos, brasileiros atuam como PJ (abrem empresa e emitem nota). Vantagens: flexibilidade e, em geral, remuneração maior. Ponto de atenção: não há CLT (férias, 13º etc.), e é preciso manter as contribuições em dia para ter benefícios previdenciários. Outra via é o Employer of Record (EOR), em que uma empresa intermediária formaliza o vínculo e oferece direitos trabalhistas (como plano de saúde e férias).
👩💻 Na prática: o engenheiro de software Roque Santos, de Salvador, conseguiu vaga em empresa norte-americana sem sair do Brasil. O maior desafio? Entrevistas em inglês. No dia a dia, notou menos reuniões, comunicação mais direta (muito Slack, pouco e-mail) e mais confiança na entrega. Há flexibilidade de horário, mas com janelas de disponibilidade combinadas com o time.
🔎 O que muda para você? Dá para morar no Brasil, trabalhar para empresas globais e receber em dólar ou euro. Mas isso exige preparo: posicionamento, inglês funcional, currículo sob medida e disciplina no remoto.
✅ O que fazer agora? (passo a passo prático)
• Defina seu alvo: área, cargo e país prioritário.
• Deixe o LinkedIn em inglês com título claro, resumo direto e resultados mensuráveis.
• Monte portfólio (GitHub, cases, Behance) com exemplos práticos.
• Crie um currículo em inglês e versões adaptadas por vaga.
• Treine entrevistas com IA e grave-se para ajustar clareza e tempo de resposta.
• Estude inglês 30 min/dia (apps + vídeos + simulações de reuniões).
• Entenda a contratação: avalie PJ x EOR e converse com um(a) contador(a) sobre contribuições e notas fiscais.
• Planeje recebimento em moeda estrangeira (câmbio e custos) e organize sua reserva financeira.
💡 Insight prático acionável: hoje mesmo, atualize seu LinkedIn em inglês, selecione 5 vagas para aplicar, prepare um pitch de 60 segundos sobre sua experiência e marque 2 simulações de entrevista em inglês. Pequenos passos, grandes viradas. 🚀






