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Taxa de US$ 100 mil no H‑1B: brasileiros repensam planos; entenda o que muda e veja alternativas
29 de set. de 2025
Respira fundo e vem comigo: uma decisão em Washington balançou os planos de muita gente do Brasil que sonha em trabalhar nos EUA. Segundo anúncio recente do governo americano, o visto H‑1B — voltado a profissionais altamente qualificados — passará a ter uma taxa de US$ 100 mil 💸, a ser custeada pelo empregador. Isso entra no orçamento além dos custos tradicionais (taxas e advocacia), que giravam em torno de US$ 10 mil.
Para quem não está familiarizado, o H‑1B existe desde 1990 para suprir vagas que não conseguem ser preenchidas por trabalhadores locais. É muito usado por empresas de tecnologia, engenharia, saúde e finanças. A procura é enorme: são apenas 85 mil vagas por ano, definidas por sorteio (a famosa loteria). Em 2024, o Brasil teve 2.641 petições aprovadas 🇧🇷.
O que foi anunciado 🗞️
• A nova taxa de US$ 100 mil se aplica a novas aplicações do H‑1B e é cobrada uma única vez.
• Extensões com o mesmo empregador não entram nessa cobrança, segundo especialistas do setor.
• Quem já possui H‑1B pode viajar e retornar aos EUA sem pagar a nova taxa, de acordo com as orientações iniciais.
• O governo mencionou possíveis isenções por interesse nacional, mas ainda faltam detalhes sobre como isso será aplicado. Nas próximas semanas, devem surgir mais esclarecimentos oficiais.
Impacto imediato ⚠️
Na prática, a medida encarece e dificulta novas contratações via H‑1B. Resultado? Muitos brasileiros e empresas começaram a olhar para outros destinos. Os Emirados Árabes Unidos surgem como alternativa pela rapidez (processamento em poucos dias), e a China lançou o visto K para áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Vistos alternativos nos EUA 🧭
• O‑1: para quem tem habilidade extraordinária (ciência, artes, educação, negócios, esportes).
• L‑1: para transferência interna de executivos/gerentes/especialistas de multinacionais.
• EB‑2 NIW: caminho direto ao green card se provar mérito substancial e interesse nacional — não exige oferta específica.
• EB‑1: para topo de carreira ou executivos internacionais, costuma ter processo mais ágil.
• IEP (International Entrepreneur Parole): opção para empreendedores com investimento relevante ou apoio governamental nos EUA.
O que muda para você? 🧩
• Se está planejando aplicar ao H‑1B, a conta ficou mais pesada para o empregador — e isso pode afetar ofertas e prazos.
• Se já tem H‑1B, não deve pagar a nova taxa para viajar/retornar e extensões com o mesmo empregador tendem a ficar fora da cobrança.
• Há incertezas regulatórias ainda; acompanhe as atualizações oficiais antes de qualquer movimento grande.
O que fazer agora? ✅
• Converse com o empregador sobre orçamento, cronograma e risco da taxa no seu caso.
• Avalie alternativas com um advogado de imigração: O‑1, L‑1, EB‑2 NIW, EB‑1 ou IEP — veja onde seu perfil encaixa melhor.
• Monitore os canais oficiais (USCIS/Departamento de Estado) para as regras finais e eventuais isenções.
• Se tem pressa, compare destinos como EAU e o visto K da China para áreas STEM — tempo e custo podem ser decisivos.
• Organize seu portfólio: prêmios, publicações, cartas de recomendação, impacto do trabalho — isso pesa em O‑1/EB‑1/EB‑2 NIW.
Fica a dica final: informação boa evita gasto à toa. Antes de decidir, alinhe expectativas com a empresa e faça um plano B bem amarrado. 💼🧠