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Aluguel em Portugal dispara: quartos chegam a €500 em Lisboa e €400 no Porto; estudantes brasileiros sentem o peso
6 de out. de 2025
😟 Se está de olho em estudar em Portugal, prepare o bolso: o aluguel de quarto subiu cerca de 50% em três anos. Segundo o Observatório do Alojamento Estudantil, a média por quarto foi de €275/mês em 2024 para €415/mês em 2025 — mais de R$ 2,5 mil. Para os mais de 11 mil brasileiros nas universidades portuguesas, o impacto é real e imediato. 🧳📚
💶 Nas cidades, o cenário aperta ainda mais: Lisboa tem média de €500 por quarto, e Porto, €400. Só para comparar: o salário mínimo em Portugal é de €870 — ou seja, mais da metade vai só para morar.
🏠 Histórias do dia a dia mostram o tamanho da disputa. Um estudante brasileiro contou que pagou €575 por um quarto em residência estudantil no Porto em 2023; hoje, o mesmo espaço já passa de €700 e há quartos por €800–€900. Para baixar custos, dividiu um apartamento e paga €400, mas em área que os locais consideram mais problemática. Outro relato: enviar 100 mensagens para senhorios rende 10 respostas e, com sorte, 2 visitas. E é tudo na hora: gostou, assina no mesmo dia.
🚩 Tem pegadinha no caminho: pedidos de pagamento antecipado só para visitar (não aceite), ofertas sem contrato e casos em que, se o inquilino exige contrato formal, há acréscimo de até 28% no preço por causa de impostos. Resultado? Tem gente desistindo da universidade por não achar casa.
🔎 Por que ficou tão caro? A baixa oferta e a alta procura — com mais turistas e imigrantes — empurraram os preços para cima. E isso atinge tanto estrangeiros quanto portugueses.
📌 Resumo do quadro: alta rápida nos aluguéis, pouca oferta, concorrência acirrada e muitos anúncios irregulares. Planejamento virou palavra-chave.
O que muda para você? ✍️
Planeje com antecedência: comece a busca 60–90 dias antes do semestre. Defina um teto (aluguel + despesas).
Não pague para visitar e exija contrato. Sem contrato, você perde proteção legal e pode ter problemas com comprovantes junto à universidade e autoridades.
Separe documentos para fechar rápido: NIF, passaporte, comprovante de matrícula, fiador (se houver) e caução de 1–2 meses.
Inclua despesas no cálculo: luz, água, gás e internet podem somar €50–€80/mês.
Amplie o mapa: considere áreas e cidades alternativas (ex.: Braga, Aveiro, Coimbra, Setúbal) e use passe mensal de transporte para compensar a distância.
Busque canais confiáveis: residências dos Serviços de Ação Social da sua universidade e plataformas como Idealista, Imovirtual, Uniplaces, Bquarto. Evite perfis sem histórico.
Cheque sinais de golpe: nunca transfira sem ver o imóvel e assinar; confirme IBAN em nome do senhorio, peça recibo e verifique o NIF.
Compartilhe apartamento: dividir casa e procurar quartos interiores pode reduzir bastante o valor.
O que fazer agora? ✅
Defina um orçamento total (aluguel + contas) e os bairros-alvo.
Candidate-se já a residências universitárias e entre em listas de espera.
Monte um dossiê do inquilino com documentos para ganhar prioridade.
Programe visitas no mesmo dia e esteja pronto para fechar na hora, se fizer sentido.
Crie alertas nas plataformas e monitore diariamente.
🧭 Dica final: priorize anúncios com contrato formal. Pode custar um pouco mais, mas dá segurança e previsibilidade — e isso, num mercado tão disputado, vale ouro. ✨
Fontes: Observatório do Alojamento Estudantil; relatos de estudantes; contexto divulgado pela Deutsche Welle.